Tarifa de ônibus em Trindade pode chegar a R$ 8,20: o que muda no seu bolso

A tarifa de ônibus em Trindade pode subir para R$ 8,20 — e isso não é só número: altera o bolso, o comércio e a rotina de quem depende do transporte. Neste texto você encontra explicações claras sobre a tarifa técnica, prazos da CDTC, posições da Prefeitura e do Estado, impactos econômicos e alternativas práticas (subsídios, ações na Justiça e medidas municipais). Leia para saber o que muda agora e como se preparar.

Leia

A tarifa técnica do ônibus em Trindade (atualmente R$ 4,30) corre o risco de dobrar para cerca de R$ 8,20, caso a prefeitura deixe de arcar com sua parte no subsídio. A Câmara Deliberativa de Transporte Coletivo (CDTC) deu prazo de 15 dias às prefeituras de Trindade e Goianira para negociar R$ 44 milhões em subsídios atrasados (referentes a 2024–2025). Se não houver acordo, o novo valor (R$ 8,2310, arredondado para R$ 8,20) passa a valer 30 dias após a notificação fonte fonte. O impasse gerou debate urgente na cidade sobre o impacto financeiro para os usuários e o comércio local, e alimenta incertezas sobre o futuro do transporte metropolitano.

Tarifa de ônibus em Trindade pode chegar a R$ 8,20: o que muda no seu bolso

A tarifa técnica é o valor calculado com base nos custos reais do sistema (combustível, salários, depreciação da frota etc.) fonte. Em Trindade e Goianira, estudos recentes definiram essa tarifa técnica em torno de R$ 7,65 (atualizado em 2025). Na prática, o usuário paga hoje apenas R$ 4,30, graças ao subsídio pago pelo município e pelo Estado. A diferença é bancado pelos cofres públicos. Sem o subsídio, toda a tarifa técnica seria repassada ao passageiro – daí surgir o valor de R$ 8,2310 fonte fonte. Esse montante representa cerca de 24% de um salário mínimo (R$ 1.518 em 2025 fonte), tornando o custo mensal de deslocamento muito mais pesado no orçamento familiar.

A CDTC (órgão do governo estadual) foi enfática: deu 15 dias para negociar ou, do contrário, aplicará a tarifa técnica. Em reunião de 15 de dezembro, o colegiado aprovou por unanimidade a cobrança formal das duas cidades, considerando que já há R$ 44 milhões em dívidas de subsídio acumuladas fonte fonte. O secretário-geral do governo de Goiás, Adriano Rocha Lima, explicou que os passageiros embarcarão pagando cerca de R$ 8 pela tarifa local, enquanto viagens para outras cidades (como Goiânia) manteriam R$ 4,30. Ele acrescentou que, em caso extremo, Trindade e Goianira podem até ser removidas da Rede Metropolitana de Transporte (sem integração e benefícios como a meia-tarifa) fonte fonte. Em resumo, a CDTC alerta que sem pagamento municipal, o custo será repassado ao cidadão.

A Prefeitura de Trindade diz estar disposta a negociar. O prefeito Marden Júnior afirma que vai tentar regularizar os repasses, mas destaca que ainda não recebeu notificação oficial do colegiado fonte. Até aqui, porém, não há anúncio de plano concreto. Segundo levantamento do G5News, o Executivo municipal confirma conversas com a empresa de ônibus, mas não detalhou como vai quitar a dívida ou impedir o reajuste imediato fonte. A Prefeitura de Trindade informou apenas que tenta achar uma solução dentro do prazo, mas não revelou medidas específicas além de “negociar” com a concessionária.

Por outro lado, o governo estadual (via Secretaria de Governo/MOB-GO) já vinha alertando sobre os riscos. Em Goiás, o próprio Estado aumentou sua cota de subsídio de 41,18% para cerca de 46% para evitar reajustes no geral fonte. Mesmo assim, o governo formalizou a cobrança de R$ 44 milhões de Trindade e Goianira e avisou que, se não quitarem, a tarifa dessas cidades vai subir. Conforme nota da BandNews, “municípios que não regularizaram pagamentos, como Trindade e Goianira, ficam sob risco de pressão tarifária” fonte. A gestão estadual insiste que repasses atrasados “comprometem o equilíbrio do sistema” e que cabe às prefeituras honrar seu compromisso para manter a tarifa social fonte.

Esse imbróglio tem impacto direto na população local. Trindade tem cerca de 154 mil habitantes fonte, muitos dos quais dependem do ônibus para trabalhar e estudar. Segundo a ANTP, Trindade contribui com apenas 2,13% do subsídio metropolitano, mas deixou de repassar qualquer valor desde janeiro de 2024. Para o usuário comum, isso significa uma bomba no orçamento: um trabalhador que roda 2 vezes por dia, 22 dias ao mês, pagava hoje ~R$ 189 por mês (R$ 4,30 × 44 viagens) – o equivalente a ~12,5% do salário mínimo fonte. Se a tarifa subir para R$ 8,20, essa despesa mensal salta para ~R$ 361, o que consome 24% do salário. Esse aumento drástico reduz o poder de compra das famílias. Estudantes e trabalhadores de baixa renda seriam especialmente afetados, e o comércio local tende a sentir queda na movimentação, pois a população terá menos dinheiro disponível para consumir.

Alternativas e debates

Diante da crise, surgem propostas para evitar o repasse total. Especialistas cogitam ampliar a participação de outros municípios ou buscar recursos estaduais para cobrir parte do subsídio, redistribuindo o ônus fonte. Há ainda a possibilidade de ações judiciais. Municípios vizinhos, como Anápolis, conseguiram na Justiça suspender aumentos abruptos, argumentando que alterações tarifárias devem vir de estudos técnicos e não por liminares apressadas fonte. O prefeito de Anápolis passou exatamente por esse caminho, obtendo liminar no TJ-GO contra uma elevação imediata, enquanto trabalhava alternativas e subsídios para amenizar o aumento fonte fonte. Não se descarta também a tentativa de estabelecer subsídio direto por lei municipal ou convênio com o Estado. Até protestos ou mobilizações comunitárias podem ocorrer, dada a urgência do tema. O CDTC já alertou também que, sem solução, Trindade e Goianira podem perder benefícios como a meia-passagem – uma pressão adicional sobre os prefeitos.

Prazos e próximos passos

A deliberação da CDTC prevê que a cobrança do novo valor de R$ 8,2310 só começará 30 dias após o recebimento oficial da decisão pelos municípios fonte. Como a reunião ocorreu em 15 de dezembro, as prefeituras têm até o fim de dezembro para negociar (15 dias) e até meados de janeiro para implementar o reajuste, se nada mudar. Nos próximos dias, a expectativa é que a administração de Trindade apresente uma contraproposta ou busque apoio político para evitar a majoração. Caso contrário, após o prazo, a tarifa será reajustada automaticamente e os ônibus passarão a exibir novo valor. A CDTC pode ainda acompanhar a negociação e realizar nova reunião, mas cabe aos prefeitos evitar o colapso do subsídio.

Conclusão

O debate sobre a tarifa de R$ 8,20 em Trindade é central para moradores, trabalhadores e comerciantes locais. De um lado, estão contas públicas pressionadas e autoridades cobrando pagamento, de outro o bolso do cidadão e o acesso ao transporte. A decisão final deverá equilibrar esses interesses: ou será encontrado subsídio extra, evitando repassar todo o custo, ou os usuários terão que pagar mais. Em qualquer cenário, a urgência é grande – manter tarifas acessíveis é questão de interesse público imediato. As próximas semanas serão decisivas para saber se prevalecerá o impacto financeiro imediato no usuário ou se se buscará solução compartilhada entre governo e prefeitura.


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