Um DJ de 22 anos, conhecido nas redes como influenciador digital e apontado pela polícia como líder de um grupo que aplicava golpes por clonagem de WhatsApp, foi preso em Trindade (GO) na manhã de 22 de outubro de 2025. A operação interestadual — batizada de “Falsa Frequência” — envolveu prisões, buscas e bloqueio de contas bancárias, e apura crimes que teriam atingido vítimas em Goiás e Minas Gerais. fonte

O que aconteceu

Na quarta-feira, 22/10/2025, policiais civis de Goiás e Minas Gerais deflagraram a Operação Falsa Frequência e prenderam um jovem de 22 anos — que se apresentava nas redes sociais como DJ e influenciador — sob a suspeita de liderar um esquema de clonagem de WhatsApp e lavagem de dinheiro. Durante a ação foram cumpridos três mandados de prisão temporária e cinco mandados de busca e apreensão; a polícia também bloqueou 21 contas bancárias relacionadas aos investigados. fonte

Como o golpe funcionava (segundo as investigações)

• Clonagem de WhatsApp: criminosos invadiam ou clonavam contas de vítimas para se passar por familiares ou conhecidos e solicitar transferências ou pagamentos. As investigações apontam golpes aplicados a moradores de Goiás e Minas Gerais. fonte
• Uso das redes sociais para recrutamento: o suspeito usava seu perfil — com mais de 20 mil seguidores, segundo as apurações — para prometer “dinheiro fácil” e recrutar pessoas dispostas a emprestar suas contas bancárias. Essas contas serviam para receber valores desviados dos golpes. fonte
• Rifas virtuais irregulares: o grupo também promovia rifas online que ofereciam prêmios em dinheiro e bens de alto valor, prática que pode configurar contravenção penal (jogo de azar) ou integrar a estrutura criminosa. fonte

Casos que desencadearam as investigações

As apurações tiveram início a partir de uma denúncia registrada em maio de 2022, em São Sebastião do Paraíso (MG). Em um dos casos relatados, uma mulher transferiu cerca de R$ 4.000, acreditando falar com a irmã, mas o valor caiu em conta ligada ao grupo. A partir da análise financeira e digital, a Polícia Civil de Minas identificou movimentações que levaram ao desmantelamento do esquema. fonte

Quem mais foi presa(o)

Além do DJ de 22 anos, outras duas mulheres foram detidas durante a operação em Trindade:

• Uma mulher de 28 anos que admitiu emprestar sua conta bancária em troca de 10% do valor movimentado.
• Outra, de 26 anos, apontada como responsável pela logística financeira — recolhia e repassava valores ao grupo. Todos os detidos foram encaminhados a unidades prisionais em Goiás e seguem à disposição da Justiça enquanto as investigações prosseguem. fonte

Lavagem de dinheiro e diligências em curso

A polícia descreve que os investigados utilizavam diversas contas bancárias para dispersar e disfarçar a origem dos valores, prática típica de lavagem de dinheiro. Durante os mandados de busca foram apreendidos celulares e documentos que serão periciados para mapear o fluxo das transações, identificar outras contas e possíveis integrantes da organização, bem como localizar mais vítimas. fonte

Contexto e riscos para a população

Golpes por clonagem de WhatsApp e fraudes via redes sociais têm crescido por dois motivos principais: a facilidade de engenharia social (convencer alguém a transferir dinheiro) e a oferta de “serviços” que fazem uso de terceiros para movimentar fundos — muitas vezes pessoas com contas bancárias fáceis de obter. Emprestar conta corrente, por exemplo, coloca a pessoa em risco penal e civil, além de facilitar a ocultação do dinheiro ilícito. Especialistas alertam que seguidores e “microempreendedores” devem ter cautela com promessas de ganhos rápidos e nunca emprestar documentos ou contas bancárias. fonte

O que as autoridades recomendam (dicas práticas)

• Nunca compartilhe códigos SMS/WhatsApp com terceiros.
• Ative verificação em duas etapas no WhatsApp e e-mails.
• Desconfie de pedidos urgentes de transferência feitos por mensagens; confirme por outra via (ligação ou presença).
• Não empreste sua conta bancária — isso pode configurar crime ou conivência.
• Se for vítima, registre boletim de ocorrência e comunique seu banco imediatamente para tentar estornar ou bloquear transferências. fonte

O que falta apurar

A polícia continua a perícia dos aparelhos e documentos apreendidos para:

1. identificar a extensão do esquema e possíveis outros participantes;
2. mapear todas as vítimas e valores desviados;
3. rastrear o destino dos recursos bloqueados nas 21 contas. Enquanto isso, os acusados constam como suspeitos e têm direito à defesa nos autos. fonte

Fontes (selecionadas via pesquisa)

• “DJ é preso em Trindade por liderar esquema de golpes via WhatsApp em Goiás e MG” — Mais Goiás. (Mais Goiás)
• “DJ influencer é preso suspeito de liderar esquema de clonagem de WhatsApp” — O Tempo. (O Tempo)
• “DJ é preso suspeito chefiar esquema de golpes no WhatsApp e de rifas falsas” — O Popular. (O Popular)
• “Ministério Público faz operação contra suspeitos de aplicar golpes por meio das redes sociais” — CBN Goiânia (contexto sobre atuação de redes sociais nas fraudes). (CBN-GO)

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